Carboidratos: O que são e para que servem
Os carboidratos são as principais fontes de energia na nossa
alimentação. Durante o processo de digestão, eles são quebrados e
transformados em glicose.
O carboidrato é um dos três macro nutrientes (a proteína e a gordura
são os outros dois) de que nosso corpo precisa e ele compreende a grande
quantidade de calorias que consumimos. Na verdade, na dieta
norte-americana, de 45 a 60% das calorias surgem das fontes de
carboidratos. Em algumas regiões do mundo, particularmente nos países em
desenvolvimento, o consumo de carboidratos pode chegar a 80%.
Os vegetais são ricos em carboidratos, que é sua forma de
armazenamento de energia. Quando comemos alimentos à base de vegetais,
ingerimos essa energia armazenada e a colocamos em uso dentro do corpo.
Embora possamos utilizar a proteína e a gordura para produzir energia, o
carboidrato é a fonte de combustível mais fácil para o corpo usar e por
isso, a preferida. Isso se deve principalmente à estrutura química
básica do carboidrato - as unidades de carbono, hidrogênio e oxigênio.
Os monossacarídeos, os carboidratos simples, são absorvidos
diretamente na corrente sanguínea. Mas os carboidratos complexos também
são relativamente fáceis de o corpo separar, criando a glicose, que pode
ser enviada às células para fornecer energia. Na verdade, o corpo
começa a quebrar os carboidratos ainda na boca com a ajuda de uma enzima
encontrada na saliva.
Comer uma grande quantidade de carboidrato é essencial porque ele
fornece um suprimento de energia estável e facilmente disponível para o
corpo. Na verdade, é a principal fonte de energia para o cérebro e o
sistema nervoso central. É necessário um constante suprimento de glicose
para que o cérebro e os tecidos nervosos funcionem corretamente.
Se você não ingerir quantidade suficiente de carboidrato, o corpo
aproveitará outras fontes, como a gordura, para atender as suas
necessidades de energia. Embora nosso corpo tenha a capacidade de usar
fontes alternativas (como a proteína) como combustível, não se recomenda
diminuir o consumo de carboidratos para forçar o corpo a esse estado. É
por esse motivo que a estratégia por trás de algumas dietas pobres em
carboidratos (para estimular o corpo a queimar gordura para obter
energia), apesar de parecer uma boa ideia, na verdade não é.
Precisamos de gordura em nossas dietas, mas que fique no corpo dentro
do limite, naturalmente. A gordura dietética é uma fonte concentrada de
energia (9 calorias por grama). Ela nos faz sentir saciados por mais
tempo, já que tende a sair do estômago lentamente, transportando e
suportando a absorção das vitaminas solúveis em gordura, A, D, E e K.
No corpo, a gordura é a principal forma das pessoas armazenarem o
excesso de energia a longo prazo. A gordura não é uma fonte de energia
disponível de imediato, como o carboidrato. De certa forma, ela serve
para nos sustentar, principalmente quando estamos com fome.
Esse é o motivo pelo qual é tão difícil perder a gordura do corpo,
especialmente quando também se diminui o consumo de calorias. Nosso
corpo vê a gordura como uma fonte de proteção e reluta em abrir mão
dela. Em todo o corpo, a gordura é um componente das membranas celulares
que ajuda a regular o fluxo dos materiais dentro e fora das células;
serve de precursor a uma série de substâncias semelhantes a hormônios
que regulam muitos processos fisiológicos; age como um isolante contra a
perda de calor; e protege os órgãos vitais, como os rins e o coração.
O poder da proteína geralmente é subestimado. Ela é formada de
aminoácidos, que o corpo utiliza para criar novo tecido e músculo do
corpo e reparar os antigos. Ela faz parte de cada célula e tecido do
corpo (incluindo órgãos, pele, ossos e músculos), suporta as funções
imunológicas do corpo, auxilia no transporte dos nutrientes, serve de
isolador para manter um nível estável de pH no sangue e, como as enzimas
e os hormônios, trabalham para controlar os processos do corpo.
Quando não existe disponível quantidade suficiente de glicose da
quebra do carboidrato, o corpo primeiro aproveita as reservas de
carboidrato armazenadas (glicogênio). E se ainda não houver uma nova
ingestão de carboidratos e as reservas se esgotarem, o corpo será
forçado a usar fontes alternativas (gordura e proteína) para obter
energia. Quando isso acontece, a proteína é desviada de seu trabalho,
ficando uma quantidade muito pequena para suportar o reparo dos
músculos, que podem ficar menores e mais fracos.
Em casos extremos, como acontece quando uma pessoa faz uma dieta sem
carboidratos, o corpo pode quebrar o músculo para transformar em
glicose. Entretanto, o coração - principal músculo do corpo - geralmente
está protegido.
As necessidades de energia do cérebro e do coração são a prioridade
número um do corpo e ele trabalha arduamente para evitar qualquer lesão
nesses e em outros órgãos importantes.
Para os diabéticos, os carboidratos complexos, como o amido, são os
preferidos. São exemplos de alimentos ricos em carboidratos complexos:
arroz integral, farinha de trigo integral, milho, centeio, pães,
biscoitos e massas integrais. Os demais carboidratos como a mandioca,
cará, mandioquinha, arroz branco, pão branco e etc., não estão
proibidos, mas devem ser consumidos com mais cuidado e de acordo com a
orientação de um médico, e do apoio de uma nutricionista.
Bibliografia
Carboidratos: O que são e para que servem - Parte I disponível em < http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/114278/Carboidratos-O-que-so-e-para-que-servem-Parte-I> Acesso em 27 de maio de 2013.